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PM denunciado por dar golpe de mais de R$ 1 milhão com criptomoedas prometia lucros de até 30% ao mês, diz advogado

Segundo as investigações, ele oferecia investimentos, dicas e mentorias em supostas aplicações financeiras. Francisco de Assis Jesus de Oliveira foi denunciado por estelionato.

O policial militar Francisco de Assis Jesus de Oliveira, denunciadonpor dar golpe de mais de 1 milhão com criptomoedas, prometia lucros de até 30% ao mês a outros policiais, contou o advogado das vítimas, Rubens Barbosa. Segundo as investigações, ele oferecia investimentos, dicas e mentorias em supostas aplicações financeiras.

A defesa do investigado informou que ainda não teve acesso aos autos, e que o processo corre em segredo de Justiça.

Em nota a Polícia Militar de Goiás informou que tomou todas as providências cabíveis na esfera administrativa e acompanha a tramitação do processo na Justiça.

“Começou em julho e foi até outubro do ano passado. Os investimentos começavam em R$ 1 mil, mas algumas vítimas faziam vários depósitos de até R$ 10 mil. Depois de um tempo, ele falava que o dinheiro estava bloqueado”, contou

A prisão preventiva contra Francisco ocorreu na quinta-feira (28). Já denúncia pelo crime de estelionato foi oferecida pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) à Justiça na sexta-feira (30). Ele era lotado no Batalhão de Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam) de Goiânia.

Conforme o advogado, ao todo, 23 outros policiais sofreram os golpes. A Justiça Militar também acolheu o pedido do MP para o bloqueio de valores disponíveis em nome do investigado em contas bancárias.

“Ele ficou por cerca de 1 ano na Rotam. Acreditamos que está com dinheiro guardado, pois não houve aquisição de bens como carros ou imóveis. As vítimas viam confiança nele, por isso tentavam o investimento”, disse Rubens.

Supostos investimentos

Segundo a denúncia feita pelo MP-GO, há cerca de um ano, o policial começou a orientar os colegas com dicas e mentorias sobre aplicações financeiras em criptomoedas (tipo de dinheiro virtual), ativos de renda variável e apostas esportivas.

Assim, as vítimas começaram a participar de uma banca conjunta, criada e mantida por Francisco de Oliveira, em uma plataforma on-line, com sede no Reino Unido, onde faria aplicação de valores em apostas esportivas, com promessa de lucratividade de 30% a 50%.

“De início, ele prometia lucros de até 30%, quando viu que as vítimas estavam buscando o retorno financeiro, chegou a dizer que o ‘negócio’ estava muito bom, e falava em lucros de até 50%”, ressaltou o advogado das vítimas.

Na denúncia consta que Francisco dizia aos colegas que assumia a responsabilidade caso acontecessem prejuízos. Porém, após alguns pagamentos, nenhum dos policiais recebeu rendimento dos valores e, quando procurado pelos colegas, ele dizia que o dinheiro estava bloqueado por problemas técnicos.

Para liberar os valores, o policial pedia aos colegas mais R$ 2 mil. Como eles não concordavam com a exigência, o cabo prometeu pagá-los até 20 de dezembro de 2021. Porém, desde então, não receberam e continuaram com os prejuízos.

Fonte: g1 goiás

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