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PM flagrado jogando homem de ponte em SP é preso após prestar depoimento

A Justiça Militar de decretou nesta quinta-feira (5) a prisão do soldado Luan Felipe Alves Pereira apontado como o responsável por jogar um entregador de uma ponte na Zona Sul de São Paulo, no último domingo (1/12).

O PM Luan Felipe já tinha ficado detido após prestar depoimento na Corregedoria da Polícia Militar.

Agora, com a decretação da prisão, ele será encaminhado para o Presídio Militar Romão Gomes, na Zona Norte da capital paulista, após realização de exames no IML.

O caso aconteceu na Vila Clara, região de Cidade Ademar, na noite de domingo (1°), durante a dispersão de um baile funk.

O soldado foi flagrado atirando o rapaz da ponte sem nenhum motivo ou resistência aparente.

A vítima se chama Marcelo, tem 25 anos e é entregador. Ele caiu de cabeça de uma altura de três metros, teve ferimentos, mas passa bem. Marcelo recebeu ajuda de pessoas que moram na região.

O pai dele se disse indignado com o episódio e exigiu explicações das autoridades do estado, ligadas à gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Em entrevista ao Jornal Nacional, Antônio Donizete do Amaral disse que Marcelo, não tem passagem pela polícia.

O flagrante teve forte reação da sociedade civil e levou o secretário de Segurança Publica, Guilherme Derrite (PL), a pronunciar nas redes sociais.

Ele determinou o afastamento de treze policiais que participaram da operação na Vila Clara e assinou um pedido de investigação rigorosa da Corregedoria da PM no caso. O Ministério Público também apura o caso

“Anos de legado da PM não podem ser manchados por condutas antiprofissionais. Policial não atira pelas costas em um furto sem ameaça à vida e não arremessa ninguém pelo muro. Pelos bons policiais que não devem carregar fardo de irresponsabilidade de alguns, haverá severa punição”, escreveu Derrite.

Histórico do PM

O soldado da Polícia Militar que arremessou o entregador já foi indiciado por homicídio depois de uma ocorrência em que um homem foi morto com 12 tiros, em Diadema, Grande São Paulo, no ano passado.

Segundo a TV Globo apurou, o caso foi arquivado em janeiro deste ano depois que o Ministério Público se mostrou favorável ao arquivamento alegando que houve legítima defesa do policial durante troca de tiros. O juiz, então, aceitou o pedido.

Luan trabalha na Rondas Ostensivas com Apoio de Moto (Rocam), no 24º Batalhão de Polícia de Diadema. Nesta quarta-feira (4), a Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo pediu, à Justiça Militar, a prisão do agente. A informação foi confirmada por fontes do governo paulista.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que o “agente responsável pela agressão foi ouvido e sua prisão foi solicitada à Justiça Militar”.

A pasta informou que o “caso também é apurado pela Polícia Civil, por meio da Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (CERCO) da 2ª Seccional. Diligências estão em andamento para a oitiva da vítima e o esclarecimento dos fatos”.

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