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Polícia Civil faz operação contra suspeita de corrupção na Prefeitura de Goiânia, nesta quarta-feira (20)

A Delegacia Estadual de Combate a Corrupção (Deccor) realiza na manhã desta quarta-feira (20) uma operação para apurar um suposto esquema de fraude na Prefeitura de Goiânia. Segundo a Polícia Civil, mandados de busca e apreensão devem ser realizados no local e em casas de servidores.

A operação apura os crimes de fraude em licitações e contratos, modificação irregular de contratos, peculato, constituição de organização criminosa, corrupção ativa e passiva. De acordo com a investigação, os crimes começaram a ser praticados em 2022.

Estão sendo cumpridos mais de 30 mandados de busca e apreensão contra servidores, pregoeiros e leiloeiros. A investigação abrange diversos órgãos da administração municipal da capital.

Ainda segundo a Polícia Civil, os crimes eram cometidos na Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), Secretaria Municipal de Infraestura Urbana (Seinfra), Secretaria Municipal de Administração (Semad) e Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma).

Foram identificados dois núcleos envolvidos nos supostos crimes, um deles com sócios administradores das empresas usadas para a prática das ilegalidades e outro composto por servidores públicos responsáveis por licitações e contratos supostamente fraudados.

A investigação ainda ponta que, os envolvidos se uniram para vencer licitações promovidas pelos órgãos investigados, que eram ofertados em concursos realizados em forma de pregão eletrônico. Foram identificadas supostas fraudes em cinco licitações, quando os investigados supostamente se uniram para vencer os lotes de maior valor, excluindo assim os outros concorrentes por meio do crime conhecido como “mergulho de preço”.

Operação que apura fraudes na Prefeitura de Goiânia – Foto: Reprodução/TV Anhanguera

A investigação apontou que as empresas vencedoras das licitações de fornecimento de emulsão asfáltica não tinham autorização da Agência Nacional do Petróleo (ANP) para comercializar o produto. Uma certidão falsa de autorização foi apresentada para vencer a licitação.

O lance ofertado para vencer essa licitação estava abaixo do valor de custo do produto, que é vendido exclusivamente pela Petrobras. Um esquema de superfaturamento dos valores, prazos e quantidades a serem fornecidas também foram identificados em outros contratos feitos pelos órgãos.

Além dos mandados de busca e apreensão, foram autorizadas medidas judiciais para o afastamento dos sigilos bancários e fiscais de 29 investigados, além da suspensão dos contratos com suspeitas de fraudes. No total, 160 policiais civis e oito peritos criminais estão empenhados na operação.

Durante o cumprimento dos mandados em vários endereços, os policiais encontraram relógios valiosos, dinheiro em espécie (real e dólar), além de documentos.

Nota da Prefeitura de Goiânia

A Prefeitura de Goiânia informa que colabora com as investigações da Polícia Civil e está contribuindo com o acesso de equipes de policiais aos locais que estão sendo visitados para coleta de equipamentos ou documentos.

A Prefeitura de Goiânia reúne informações sobre o objeto das investigações para prestar todos os esclarecimentos com transparência.

A Prefeitura de Goiânia reforça o seu compromisso com a transparência pública e acredita na elucidação dos fatos por parte das forças policiais de investigação.

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