Economia

Por que há tantos famosos na CPI das Pirâmides de Criptomoedas? Entenda

Segundo reportagem do Valor Economico, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das pirâmides financeiras envolvendo criptoativos, da Câmara dos Deputados, vem ganhando destaque na mídia pela quantidade de personalidades famosas que foram chamadas para prestar esclarecimentos.

Até agora, a CPI convocou o ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho, o ator Cauã Reymond, a atriz e apresentadora de televisão Tatá Werneck e o jornalista Marcelo Tas. Todos eles estão envolvidos com empresas investigadas por fraudar investidores, prometendo lucros exorbitantes com ativos digitais.

Apesar disso, nenhum deles compareceu à CPI até o momento.

Sobre o que trata a CPI das Pirâmides de Criptomoedas?

Iniciada em 13 de junho, a CPI das Pirâmides Financeiras tem como objetivo apurar golpes à população, lavagem de dinheiro e evasão de divisas envolvendo ativos digitais. O deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ) é quem preside os trabalhos e o deputado Ricardo Silva (PSD-SP) é o relator.

A expectativa é que a CPI dure até 12 de outubro, escutando representantes reguladores do mercado de capitais, empresas do segmento e pessoas envolvidas com criptomoedas, com essa relação podendo ser por meio da sua promoção ou administração.

Existe a possibilidade que a CPI seja prorrogada por mais 60 dias, caso ao menos um terço dos deputados assinem um requerimento.

Quais são os famosos convocados para a CPI?

A CPI aprovou, no começo de agosto, a convocação de Ronaldinho Gaúcho, Cauã Reymond, Marcelo Tas e Tatá Werneck. Apesar disso, nenhum deles foi às sessões nas quais estavam previstos os seus depoimentos.

“São pessoas que fizeram propaganda para esquemas de pirâmide. Precisam ser ouvidos”, disse o presidente da CPI, Áureo Ribeiro. Como essas personalidades foram convocadas, em teoria, elas são obrigadas a comparecer.

Caso da 123milhas

Os sócios da 123milhas, Ramiro Madureira, Augusto Madureira e Cristiane Madureira do Nascimento, também foram convocados para deporem sobre o modelo de negócios da companhia e o cancelamento de pacotes comprados por clientes. Os parlamentares também determinaram a queda do sigilo da empresa e de seus sócios.

Isso porque, no dia 18 de agosto, a companhia informou que não iria emitir as passagens e pacotes de viagens comprados com datas flexíveis entre setembro e dezembro deste ano. Inicialmente, a 123milhas disse que devolveria os valores pagos em forma de vouchers para os clientes prejudicados, porém, já há decisões judiciais obrigando a empresa fazer a devolução em dinheiro.

Apesar da crise na 123milhas não estar relaciona a criptomoedas, o relator da comissão, Ricardo Silva, disse que a operação da empresa se assemelhava a um esquema de pirâmide e que por isso, precisa ser esclarecida. “Vendiam passagens que custavam R$ 5 mil por R$ 1 mil com antecedência”, exemplificou o deputado.

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