Economia

Quanto preciso juntar para ter R$ 10 mil por mês e torrar na aposentadoria

Você sabe quanto dinheiro deveria ter para viver com uma renda de R$ 10 mil por mês para sempre? Veja abaixo simulações mostrando qual a quantia necessária, atualmente, para gerar essa renda na poupança, no Tesouro Direto, em fundos de investimento imobiliário e em ações que pagam bons dividendos.

Poupança: R$ 3,8 milhões

Sim, se você quiser aplicar o seu dinheiro somente na poupança, deveria ter um total de R$ 3,8 milhões para gerar um rendimento de R$ 10 mil por mês. Algumas pessoas se assustam quando eu mostro esse número e até acham que está errado. Afinal, a poupança rende pelo menos 0,5% ao mês pela regra nova. Assim, bastariam R$ 2 milhões para se ter essa renda.

No entanto, é preciso considerar a inflação nesse cálculo. Atualmente ela está em torno de 5% ao ano. Sendo assim, seria preciso ter R$ 3,8 milhões na poupança, que renderiam cerca de R$ 26 mil por mês, dos quais R$ 16 mil seriam apenas a reposição da inflação.

Se você gastar toda a renda gerada (no caso, R$ 26 mil), com o tempo o valor total do seu patrimônio perderá poder de compra.

Tesouro Direto: R$ 2,4 milhões

Investindo no Tesouro Direto, o valor necessário para gerar uma renda média de R$ 10 mil por mês sem deixar o patrimônio perder poder de compra seria de R$ 2,4 milhões.

Nessa simulação, tem referência o título Tesouro IPCA+ 2055 com juros semestrais. Esse papel faz depósitos semestrais na conta corrente do investidor. Tendo um total de R$ 2,4 milhões, você poderia gastar R$ 10 mil por mês, já descontando o Imposto de Renda.

Fundos imobiliários: R$ 1,5 milhão

Atualmente, diversos fundos imobiliários têm pagado 8% ao ano ou mais aos investidores. Para receber uma renda de R$ 10 mil por mês com esses papéis, seria preciso ter um total de R$ 1,5 milhão.

Um fundo imobiliário é um ativo que representa um ou vários imóveis. Ao comprar uma cota, você se torna um dos donos dessas propriedades e passa a receber o aluguel pago por seus inquilinos.

Essa rentabilidade se refere aos fundos de tijolo, ou seja, aqueles que possuem imóveis físicos no seu portfólio. Existe também outro tipo de fundo imobiliário, chamado de “fundo de papel”, que não possuem imóveis físicos, e sim contratos de recebíveis imobiliários. Esse tipo costuma pagar rendimentos maiores, mas são mais arriscados.

Ações que pagam dividendos: R$ 1,2 milhão

Investindo em ações que pagam dividendos, é possível obter uma renda média de R$ 10 mil por mês tendo um total de R$ 1,2 milhão investido. Esse cálculo considera que você consiga um retorno de 10% ao ano, o que atualmente não é tão incomum. Por exemplo, o Banco do Brasil, se continuar remunerando os acionistas no mesmo ritmo dos últimos 12 meses, daria esse retorno.

Outras empresas, se mantiverem o atual nível de distribuição de dividendos, podem pagar ainda mais, como a Copel (11,5%), a JBS (11,7%), a Cemig (12,7%) e a CSN (16,4%). Mas, antes de investir, saiba que não há nenhuma garantia de que elas continuarão nesse ritmo. O ideal é ler relatórios de analistas sobre as empresas e diversificar o patrimônio, para mitigar os riscos.

Como juntar tudo isso?

Talvez você se pergunte o que fazer para juntar tanto dinheiro. Uma forma é separar um pouco por mês e buscar ações de empresas com alto potencial de crescimento. Se você conseguir uma rentabilidade de 10% ao ano, o que é bem factível se considerarmos o histórico de crescimento das empresas que hoje são as maiores do país, você precisaria investir cerca de R$ 600 por mês, ao longo de 30 anos, para alcançar um patrimônio de R$ 1,2 milhão, que, em ações, dariam cerca de R4 10 mil por mês.

Em fundos imobiliários, seria preciso investir R$ 1.000 por mês ao longo de três décadas para atingir R$ 1,5 milhão e ter uma renda de R$ 10 mil.

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