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Brasileiro é eleito secretário-geral da Interpol, pela 1ª vez

Valdecy Urquiza é o novo Secretário-Geral da Interpol – Interpol/Redes Sociais/Reprodução

O delegado da Polícia Federal  Valdecy Urquiza foi nomeado pelo Comitê Executivo da Interpol para assumir o cargo de Secretário-Geral da Interpol, a Polícia Internacional, nesta terça-feira, 25. O mandato está previsto para o período de 2025 a 2030.

Com sede em Lyon, na França, a Interpol é a maior organização policial do mundo, contando com 196 países membros. O cargo de Secretário-Geral é a posição de maior importância dentro da organização.

A eleição para o cargo foi realizada por meio de um processo no qual os países membros do Comitê Executivo da Interpol (13 países) se reunirampara avaliar os candidatos apresentados. O comitê escolheu o nome que consideram mais adequado para liderar a organização nos próximos cinco anos.

Em entrevista nesta terça-feira (25), Valdecy afirmou que este era o momento certo para promover mudanças na liderança da organização internacional de polícia criminal.

Depois de 100 anos de existência, com apenas cinco países se revezando no comando, o Brasil nunca havia pleiteado a posição máxima da entidade.

Construção de uma candidatura inédita

A candidatura de Urquiza, segundo ele, surgiu da importância que o Brasil e a Polícia Federal atribuem à cooperação policial internacional e da percepção de que era necessário trazer novas perspectivas e experiências para a Interpol.

O processo envolveu um “trabalho organizado entre várias instituições brasileiras”, e segundo ele, iniciou-se na Polícia Federal, com o envolvimento do Ministério da Justiça, do Ministério das Relações Exteriores e da articulação da Presidência da República.

“A organização tem muito a ganhar com a diversidade e outras formas de visão de outros países”, afirmou Urquiza, ressaltando a importância dessa mudança histórica na liderança da Interpol.

Com sua eleição, o secretário-geral brasileiro terá a oportunidade de trazer uma nova abordagem e visão para a organização, buscando fortalecer ainda mais a cooperação internacional no combate ao crime organizado e ameaças transnacionais.

“Era o momento de instigar essa mudança, porque a organização tem muito a ganhar com a diversidade, a experiência e outras formas de visão de outros países”, concluiu.

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