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Regras que os ex-presidentes dos EUA são obrigados a seguir

Não é surpresa que ser o presidente dos Estados Unidos venha com muito poder. Mesmo assim, quem passa por esse cargo precisa seguir muitas regras. Mas não pense que o trabalho acaba assim que eles deixam o Salão Oval pela última vez! Apesar dos ex-presidentes americanos terem seguido uma variedade de caminhos na carreira após deixar a Casa Branca, ainda há certas regras e procedimentos que todos eles são obrigados a seguir. Não dá para, simplesmente, voltar à vida normal.

Muitas dessas regras existem para garantir a segurança deles e para manter a diplomacia e a segurança nacional.

Depois de deixar o cargo, eles recebem um salário de transição – Ex-chefes de Estado recebem uma bolsa para assuntos de negócios e assuntos governamentais durante seis meses após o término do mandato presidencial. O dinheiro deve ajudar no processo de transição deles.

Eles não têm permissão para criticar outros presidentes – Embora não seja uma regra oficial, um ex-presidente não deve falar mal de outro presidente. Com base em uma tradição não escrita da Casa Branca, espera-se que presidentes aposentados fiquem fora dos assuntos dos atuais e antigos chefes de Estado.

Eles recebem automaticamente uma pensão – Através de uma lei de 2001, o presidente dos EUA ganha um salário anual de US$ 400.000. Depois que deixa o cargo, ele continua a receber um salário financiado pelo contribuinte, que é cerca de metade do que ganhava na Casa Branca.

Eles têm que trabalhar – Ex-presidentes têm um escritório e funcionários para conduzir suas funções ex-presidenciais garantidos pelo governo. Eles também recebem um salário para pagar o espaço do escritório e os salários de seus funcionários.

Eles não podem comprar sua própria tecnologia – Como os hackers são tão prevalentes hoje em dia, comprar sua própria tecnologia sem investigações completas é, na verdade, uma quebra de segurança enorme tanto para o presidente, quanto para ex-presidentes.

Eles devem fundar uma biblioteca presidencial – A Lei das Bibliotecas Presidenciais de 1955 estabelece que cada presidente tem que supervisionar a criação de uma biblioteca em seu nome. Eles também são encorajados a doar documentos presidenciais e quaisquer outros materiais históricos como uma forma de serviço público para a nação.

Eles não podem simplesmente fazer o que quiserem – O Serviço Secreto provê segurança contínua, 24 horas por dia, 7 dias por semana, para os presidentes, mesmo depois de deixarem o cargo, o que significa que eles não podem fazer o que der na telha. Os agentes precisam de aviso prévio com antecedência suficiente para se prepararem para saídas públicas e viagens, mantendo a proteção e vigilância a todo momento.

Eles não podem ir a lugar nenhum sozinhos – Os ex-presidentes podem esquecer a possibilidade de passarem um tempo sozinhos. Depois que deixam o cargo, agentes do Serviço Secreto vão com eles a todos os lugares, em funções oficiais ou privadas.

Coisas do dia a dia podem ficar um pouco mais complicadas – Devido à extensa proteção que o Serviço Secreto providencia a um ex-presidente, até mesmo coisas normais e cotidianas, como tomar um café, se tornam complicadas. Imagine ter que fechar uma rua para tomar um café com leite na padaria?

Eles não têm permissão para dirigir – Para garantir a segurança, mesmo depois que o mandato presidencial acaba, os ex-presidentes nunca mais podem dirigir em uma estrada aberta. A regra foi instituída após o assassinato de John F. Kennedy em 1963.

O funeral deles está planejado – Ex-presidentes dos EUA têm direito a funerais estatais, que eles planejam em suas posses. Se eles escolheram um funeral estatal, a cerimônia muitas vezes inclui algum tipo de procissão militar e sobrevoo. Além disso, é lei federal que as bandeiras americanas sejam hasteadas a meio mastro por 30 dias após a morte de um presidente.

Não podem compartilhar segredos de Estado – Dada a natureza do trabalho, os ex-presidentes conhecem muitas informações confidenciais. Isso os torna alvos de governos opositores que querem explorar ou pagar pela troca de segredos de Estado. Por essa razão, é ilegal que eles compartilhem qualquer informação confidencial que tenham tido contato durante a presidência.

Eles são encorajados a ficar na Blair House – Sempre que ex-presidentes voltam a Washington, eles são encorajados a ficar em uma casa presidencial chamada Blair House. Comprada pelo governo federal na década de 1950, a construção tem quartos dedicados no porão para acomodar uma equipe do Serviço Secreto.

Eles têm que seguir um orçamento para atividades diplomáticas – Ex-presidentes se envolvem regularmente em atividades diplomáticas e humanitárias no exterior a serviço dos EUA. Seus custos de viagem são reembolsados, assim como quaisquer outros custos relacionados à sua vida profissional.

Esqueça os voos comerciais – Ex-presidentes não têm mais acesso ao Força Aérea Um depois que saem do cargo. Por isso, a maioria deles usa jatos particulares que oferecem um nível mais alto de segurança.

Suas correspondências devem ser revistadas – Quem é ex-presidente americano, pode esquecer o que é privacidade. O Serviço Secreto inspeciona até correspondências e pacotes. Pode parecer um excesso de cautela, mas o Serviço Secreto identificou com sucesso explosivos dirigidos aos ex-presidentes Bill Clinton e Barack Obama.

Eles não podem esconder mensagens antigas – Graças à Lei de Registros Presidenciais de 1978, qualquer mensagem que o presidente envia ou recebe durante sua presidência ou depois é mantida em registro público e não pode ser destruída.

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