Nascido na cidade Madre de Dios, o jovem peruano Simon Gonzalo, com apenas 15 anos, deixau o país natal ainda muito novo em busca de um grande sonho. Simon Gonzalo se mudou para o Brasil com o apoio e companhia do seu pai, Carlos, que na época precisou deixar emprego, esposa e mais 3 filhas pequenas para acompanhar o filho na carreira de jogador de futebol. No Brasil, o jovem iniciou a carreira no Vila Nova.
Desde criança, Simon segue firme no objetivo de se tornar jogador profissional de futebol no Brasil. Com raízes peruanas e brasileiras, sua história é exemplo de perseverança e sacrifício. Simon enfrentou os desafios de viver em uma região fronteiriça, onde convergem os limites do Peru, Brasil e Bolívia. Porém, sua paixão pelo futebol o levou a viajar mais de 2.450 quilômetros até Goiás, Brasil, em busca de oportunidades e treinamento especializado.
Aparecida de Goiânia foi a primeira cidade escolhida pelos peruanos. Devido à distância para chegar aos treinos, precisaram se mudar para um apartamento em Goiânia para conciliar estudos e profissão. “Felizmente não moro mais em Aparecida de Goiânia, pois gastávamos cerca de 2h30 para chegar no clube, não estava sobrando tempo nem para o descanso”, afirma Simon.
Simon Gonzalo disputou uma vaga no Vila com mais 85 concorrentes e passou de primeira. “Cada um tem seu sonho e seu objetivo. Alguns partem para o sonho americano, e eu cheguei com o sonho de treinar para ser jogador de futebol profissional. Nós, que moramos fora do Brasil, vemos o país como o país do futebol”, afirma Simon. O garoto almeja jogar um dia pelo Manchester City. Em 2018, o jogador participou de um torneio do Go Cup realizado no município, no gramado do centro Juvenil de recreio no conjunto Bela Morada. Em campo, chamou a atenção dos olheiros que estavam no local.
A adaptação à nova vida não foi fácil, aprender o idioma foi um dos maiores desafios, mas contou com o apoio de colegas, amigos, tios, professores, treinadores e, principalmente, dos pais, que o incentivaram a continuar. Já com a língua portuguesa, Simon Gonzalo não encontrou dificuldades.” Graças ao clube Vila Nova, consegui ter acesso a uma escola em Goiânia, onde os professores me dão toda facilidade de aprender português. Assim como os meus companheiros de clube, o técnico, a comissão técnica, jogadores profissionais como o Ralf, o presidente do clube, Sr.Hugo. Todos contribuíram e contribuem para que eu possa me sentir em casa. Para mim, é uma honra estar aqui”, diz ele.
A dedicação de Simon chamou a atenção de Marcus Vinicius Lima Nunes, coordenador de aquisição de talentos do clube SET/Campineira. “É um rapaz muito forte, com condições desportivas e físicas importantes. Tem que dar a ele o processo de adaptação necessário para que ele se sinta confortável no novo cargo”, afirma o coordenador. Simon, apesar da rotina agitada, procura sempre cuidar da saúde física. O jovem atleta frequenta a academia e procura ter uma alimentação balanceada. Hoje medindo 1,78 e pesando 70kilos.
No Brasil, Simon enfrentou jogadores mais fortes e altos, o que o motivou a aprimorar técnica, velocidade e resistência. “No Peru, a formação é diferente. Nunca havia jogado futsal, mas aqui o proprietário e gestor esportivo do INSTITUTO SET, Lázaro Caiana, me deu apoio e confiança para participar dos campeonatos goianos, onde conquistamos o título de campeões estaduais”, lembra emocionado.
Embora a adaptação à nova posição defensiva tenha sido um desafio, Simon agora é titular de sua equipe e apareceu no primeiro jogo do campeonato como o melhor zagueiro esquerdo e conquistou o reconhecimento de seus companheiros, pais e comissão técnica, que o chame de “o peruano” ou “Simon”
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Além dos desafios desportivos, Simon fala abertamente sobre como a sua relação com Deus o sustentou face às críticas e às desilusões, como o seu diálogo constante com Deus está ajudando a superar momentos difíceis. Pediram até auxílio direto durante os jogos.
Peça fundamental na carreira.
O pai, Carlos Horna é a peça fundamental na carreira do jovem jogador. Carlos deixou, em outro país, emprego, esposa e filhas em busca do sonho do filho. Conforme Carlos, na cidade onde morava não havia condições de treinamento, como campo em medidas oficiais, profissionais e também não havia time para jogar.
Segundo Carlos Horna, pai do jovem Simon Gonzalo, quando chegaram no Brasil, receberam o total apoio dos tios, Silvanildo e da esposa Eliete.
Pai e filho também recebeu amparo do Dr.Flavio Divino e de pessoas do ramo do futebol, como o treinador Dionisio, que jogou no Vila Nova.
O diretor jurídico Denubes Messias Neves Destaca que entre os dias de 9 a 19 de dezembro os jovens do clube SET/Campineira viajarão para o Rio de Janeiro, “trabalhamos com nossos atletas para serem vistos no cenário nacional pelos dirigentes do clube, observadores técnicos, treinadores, empresários e agentes do futebol, por isso propomos este novo desafio para que seus filhos tenham a oportunidade de participar deste ambicioso projeto”, afirma Denubes Messias.
Atualmente, Simon mora com a sua mãe em Goiânia, e apesar de suas conquistas, ele sente muita falta da família, dos amigos, dos professores e, claro, da comida peruana. A história de Simon é um exemplo inspirador de autoaperfeiçoamento e do espírito incansável dos jovens que perseguem os seus sonhos no estrangeiro.
Fonte: Helma Bessa / JUO
