Crédito: Ricardo Stuckert/PR/Jonathan Ernst/Reuters
O Palácio do Planalto e Casa Branca confirmaram, neste domingo (26), a previsão de encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump. O encontro deve acontecer que acontecerá em Kuala Lumpur, na Malásia, às 4h30 no horário de Brasília, segundo o governo brasileiro.
Esse será o primeiro encontro oficial entre Lula e Trump desde o início da crise provocada pelo tarifaço de 50% aplicado pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. E também desde que Trump assumiu a presidência do país norte-americano.
Lula e Trump estão na Malásia para participar da 47ª reunião de cúpula da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático).
De acordo com fontes da delegação brasileira, o principal objetivo é eliminar elementos políticos das discussões, estabelecendo um canal de diálogo mais pragmático.
A expectativa é de uma conversa breve, que não deve ultrapassar meia hora, sem previsão de acordos imediatos.
A agenda deve incluir temas como comércio EUA-Brasil, guerras na Ucrânia, a situação na Venezuela e questões ambientais, incluindo a COP30.
O Brasil busca se posicionar como mediador nas tensões regionais da América Latina, especialmente no que diz respeito à Venezuela e Colômbia.
O governo brasileiro trabalha com a possibilidade de uma nova reunião em Washington ainda este ano, que contaria com a participação de assessores técnicos de ambos os países para discutir acordos comerciais.
Pouco antes do encontro, Lula falou durante a Cúpula Empresarial da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), e voltou a criticar o protencionismo comercial, sem citar Trump.
“Nós não podemos aceitar a ideia do protecionismo. Quanto mais liberdade para fazer negócio e quanto mais multilateralismo, mais a gente vai ter, enquanto países, chances de crescer”, declarou.
