Em pronunciamento de Natal, Lula vê 2024 como ano de ‘colheita’, critica discurso de ódio e pede união
Em pronunciamento de Natal transmitido na noite deste domingo (24) em cadeia nacional de rádio e televisão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mencionou os atos criminosos de 8 de janeiro e afirmou que “a democracia saiu vitoriosa e fortalecida” após o episódio.
“O ódio de alguns contra a democracia deixou cicatrizes profundas e dividiu o país. Desuniu famílias. Colocou em risco a democracia. Quebraram vidraças, invadiram e depredaram prédios públicos, destruíram obras de arte e objetos históricos”, disse o presidente.
“Felizmente, a tentativa de golpe causou efeito contrário. Uniu todas as instituições, mobilizou partidos políticos acima das ideologias, provocou a pronta reação da sociedade”, acrescentou.
O presidente afirmou ainda que visa “combater as fake news, a desinformação e os discursos de ódio”.
Pregando união, Lula disse que o governo cuidou com “responsabilidade dos recursos públicos”. “Investimos onde era preciso investir, em parceria com estados e municípios, sem perguntar qual o partido do governador ou do prefeito.”
Durante o pronunciamento, Lula afirmou que o primeiro ano de seu terceiro mandato foi de “plantar e reconstruir”. “Aramos o terreno, lançamos as sementes, aguamos todos os dias, cuidamos com todo o carinho do Brasil e do povo brasileiro. Criamos todas as condições para termos uma colheita generosa em 2024.”
Ele citou a retomada de programas sociais que foram executados ao longo de seus dois primeiros mandatos e no de sua sucessora, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
“Trouxemos de volta e fortalecemos políticas sociais que mudaram o Brasil, a exemplo do Bolsa Família, do Minha Casa, Minha Vida, do Mais Médicos e da Farmácia Popular.”
Lula também falou de programas sociais, uma das marcas que busca imprimir em seus governos. Ele ressaltou a volta do Bolsa Família e investimentos no Farmácia Popular. Outra medida lembrada pelo governo foi o “Desenrola”, que renegociou dívidas da população com descontos de até 98%.
União nacional e atos golpistas
Lula lembrou os atos golpistas de 8 de janeiro, uma semana após ele ter tomado posse, quando terroristas invadiram e depredaram as sedes dos três poderes.
Para Lula, a ação dos golpistas teve o efeito contrário ao esperado por eles, e a democracia saiu fortalecida após ter sido atacada.
“O ódio de alguns contra a democracia deixou cicatrizes profundas e dividiu o país. Desuniu famílias. Colocou em risco a democracia. Quebraram vidraças, invadiram e depredaram prédios públicos, destruíram obras de arte e objetos históricos. Felizmente, a tentativa de golpe causou efeito contrário”, pontuou o presidente.
Lula disse que é preciso selar a paz entre amigos e familiares que brigaram por causa de política.
Nona economia mundial
A projeção internacional do Brasil no cenário internacional também foi ressaltada no pronunciamento de Natal. Segundo Lula, o país voltou a ser ouvido nos mais importantes fóruns internacionais, em temas como o combate à fome, à desigualdade, a busca pela paz e o enfrentamento da emergência climática.
Com o crescimento da economia, ele lembrou que o PIB brasileiro se tornou o nono maior do mundo, saindo da 12ª posição.
No pronunciamento, o presidente também defendeu que seu governo consolidou o papel do Brasil como potência mundial na produção de energia renovável e promoveu redução do desmatamento na Amazônia.
“Em 2024, vamos trabalhar fortemente para superar, mais uma vez, todas as expectativas”, disse Lula, que afirmou que o Plano Safra 2023/2-24 é o maior da história, e que a Nova Política Industrial e o novo PAC vão gerar mais empregos e melhores salários.
Lula defendeu o combate às fake news e ao discurso de ódio.
“Vamos combater as fake news, a desinformação e os discursos de ódio. Valorizar a verdade, o diálogo entre as pessoas.”
Em sua fala, Lula enfatizou que, neste primeiro ano de governo, o Brasil “recuperou o diálogo com o mundo e a credibilidade internacional”.
“O país voltou a ser ouvido nos mais importantes fóruns internacionais, em temas como o combate à fome, à desigualdade, a busca pela paz e o enfrentamento da emergência climática”, acrescentou o presidente, que afirmou também que o país “passou da 12ª para a 9ª maior economia do planeta”.
Em relação ao meio ambiente, Lula disse que “o desmatamento na Amazônia caiu 68% em novembro”.
“Aumentamos os investimentos em biocombustíveis e na geração de energia eólica e solar. Estamos dando os primeiros passos na produção de hidrogênio verde, a energia do futuro. Consolidamos o papel do Brasil como potência mundial na produção de energia renovável.”