Jornalista Jullie Dutra ganhou R$ 1 milhão no quadro ‘Quem quer ser um milionário’ do ‘Domingão com Huck’
Jullie Dutra — Foto: Odoya Fotografia/Divulgação
Uma rotina com até 18 horas de estudo é o cotidiano de Jullie Dutra, a primeira pessoa a ganhar o prêmio de R$ 1 milhão no quadro “Quem quer ser milionário”, no “Domingão com Huck”. Realizando cursos preparatórios para prestar concurso para diplomata, ela conta que não fez nenhum esquema especial para o programa.
“Eu vivo para estudar. Sempre fui a nerd, o patinho feio da turma. Quando todo mundo estava na farra, eu estava estudando”, conta a jornalista nascida em Limoeiro e criada em João Alfredo, ambas no Agreste de Pernambuco.
“Minha mãe era professora das redes públicas estadual e municipal, em João Alfredo. Desde pequena consegui estudar em escolas particulares conseguindo bolsas”.
Assim ela chegou a cursar radiologia, no Recife, e medicina em universidades da Bolívia e de Cuba, antes de se formar em jornalismo e fazer pós-graduação em direitos humanos.
Ao longo dos quatro anos do curso universitário, Jullie conta que nunca parou de estudar. “Eu vivia indo a São Paulo, a congressos e cursos. Até que fui selecionada para um curso sobre conflito armado e comecei a ter o sonho de ser correspondente internacional”.
A jornalista respondeu número 10 e se tornou a primeira participante a ganhar o prêmio de R$ 1 milhão do quadro Quem quer ser um milionário?, do Domingão com Huck, da TV Globo. “Com apenas 17 anos, Pelé foi campeão mundial de futebol na Copa de 1958 usando a camisa de número…?”. Essa foi a pergunta que mudou a vida de Jullie Dutra.
Muita gente pode achar que a resposta é óbvia, mas você sabia que o Rei do Futebol recebeu a camisa 10 por um erro da CBF (que posteriormente se transformaria)? Os dirigentes brasileiros esqueceram de enviar a numeração da Seleção Brasileira.
Com o fim do prazo, coube a representante do Uruguai, que trabalhava para a Fifa, definir as camisas do time brasileiro. O goleiro Gilmar, por exemplo, ficou com a 3. Garrincha, que era 7, jogou com a 11, e Pelé, o 10.
Em relato à CBF, Zagallo, que jogou com a 7, opinou sobre o possível critério utilizado para números dos atletas em 1958: “Não sei direito, mas acho que mandaram a numeração que puseram nas nossas malas, com as quais viajamos. Só pode ser essa a explicação, porque, me lembro muito bem, a minha mala tinha o número sete.”
“Até a Copa de 1958 a numeração não tinha nenhuma importância. Depois que fomos campeões, eu usando a 10 – o jogador mais novo do time e de uma Copa – ela passou a ter essa importância que vemos até hoje. Antes disso, o único número importante era o 1 do goleiro. Por isso, brinco com meu filho Edinho, que jogou com essa camisa no Santos, que Deus foi muito bom com nossa família dando essa responsabilidade em dobro pra nós”, comentou Pelé durante entrevistas.
Com a camisa 10 da Seleção Brasileira, Pelé conquistou três títulos mundiais (1958, 1962 e 1970). O Rei do Futebol morreu em dezembro do ano passado, aos 82 anos, após complicações de um câncer de colón.