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Mais 80 milhões de pessoas já votaram nos EUA, na eleição que promete ser apertada até o final

Kamala Harris e Donald Trump durante a campanha eleitoral – Foto: Reuters/Evelyn Hockstein/Octavio Jones

Um terço dos americanos registrados na eleição presidencial já submeteu seu voto. Ainda que longas filas estejam sendo aguardadas para terça-feira, dia oficial da votação, os dados da Universidade da Flórida revelam que mais de 80,9 milhões já enviaram suas escolhas pelo correio ou em sessões abertas em diversas cidades.

A participação na votação antecipada caiu em relação aos níveis de 2020. Naquele ano, mais de 110 milhões de americanos votaram antecipadamente pessoalmente ou pelo correio, o que equivale a cerca de 70% de todos os que votaram na eleição.

Não é possível saber o número total final de eleitores por semanas até que todos os resultados sejam totalmente contados, mas espera-se que a votação pré-eleitoral represente cerca de 50% de todos os votos, o que é uma divisão no eleitorado mais semelhante às eleições de meio de mandato de 2022.

Nos 27 estados para os quais a Catalist tem dados comparáveis, os democratas registrados deram 37% dos votos pré-eleitorais, enquanto os republicanos registrados deram 35%.

A grande lacuna de gênero permanece, mas diminuiu ligeiramente em relação a 2020. No geral, cerca de 1,8 milhão de mulheres a mais votaram antecipadamente do que os homens no Arizona, Geórgia, Michigan, Nevada, Carolina do Norte, Pensilvânia e Wisconsin, de acordo com os dados da Catalist.

No entanto, essa lacuna é menor do que era no mesmo ponto há quatro anos. Isso ocorre porque menos pessoas votaram antecipadamente no geral, mas também porque a lacuna percentual é ligeiramente menor.

Virtualmente empatados nas pesquisas de intenção de voto, a democrata Kamala Harris e o republicano Donald Trump estão de olho em sete estados que historicamente não têm preferência por nenhum dos partidos e vão ser decisivos na corrida à Casa Branca.

No total, mais de 244 milhões de americanos estão aptos a votar. Nas últimas semanas, mais de 80 milhões já votaram antecipadamente, pelo correio ou presencialmente, segundo dados da agência Associated Press (AP). As eleições são indiretas, via colégio eleitoral, o que significa que não necessariamente o candidato mais votado pela população será eleito. 

Em paralelo à corrida presidencial, também haverá eleições para a Câmara dos Deputados e o Senado. Hoje, a Câmara dos Representantes, presidida pelo deputado republicano Mike Johnson, é dominada pelo Partido Republicano por uma pequena margem de diferença. A renovação das 435 cadeiras abre a possibilidade para que os republicanos aumentem essa vantagem ou para uma mudança no jogo de poder, com a volta dos democratas.

No Senado, estão em disputa 34 vagas, pouco mais de um terço dos assentos. O desafio para os democratas é tentar se manter à frente – atualmente, o partido só conseguiu maioria por conta do apoio dos candidatos independentes.

O horário de votação nesta terça varia em cada um dos 50 estados, que têm as suas próprias regras eleitorais, além de haver quatro fusos horários no país, o que torna a coisa mais complexa.

Os primeiros a votar são três condados de New Hampshire, que têm a tradição do “voto da meia-noite” (2h no horário de Brasília). Depois, sucessivamente, ao longo das próximas 24 horas, cada estado vai fazer seu processo de votação.

As urnas serão fechadas por último no Alaska e no Oregon quando forem 2h de quarta-feira (6) no horário de Brasília.

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