Namorada de delator do PCC morto fala sobre assassinato e diz que ‘não pode fazer nada’
A Record apresentou neste domingo (24) a primeira entrevista exclusiva de Maria Helena Paiva, a namorada de Vinicius Gritzbach, o empresário que foi executado no aeroporto de Guarulhos, no último dia 8 de novembro. A entrevista foi feita por Roberto Cabrini.
Vinicius foi apontado como um homem que sabia demais e foi morto oito dias após ter delatado agentes policiais e de ter assumido que lavava dinheiro para o PCC, a principal organização criminosa do país.
A influenciadora e nutricionista de 29 anos, esteve com o namorado até seus últimos minutos de vida e suas reações passaram a ser alvos de questionamentos.
“Um verdadeiro filme de terror. A todo instante isso me vem à cabeça. Aquele tiroteio, eu não pude fazer nada para ajudar ele”, afirmou.
Suas declarações são parte da complexa investigação que completa neste domingo 17 dias de execução. Maria Helena diz ter coisas a dizer sobre o assunto, e que teme pela própria vida também.
Na avaliação dos investigadores, a escolha do local para o ataque surpreende por se tratar de um ponto de concentração de forças de segurança, como policiais civis, federais, militares e guardas municipais, além de monitoramento por diversas câmeras, nos trechos de acesso e no terminal.
Por isso, os policiais afirmam ter absoluta certeza de que os criminosos tinham informações privilegiadas de como seria a situação de Gritzbach no terminal 2. Só não sabem quem repassou as informações. O ataque não foi, assim, uma situação acidental ou de oportunidade, muito menos operada por amadores.
Gritzbach voltava de viagem com a namorada. Conforme mostram imagens do ataque, ele havia acabado de deixar a área de desembarque do terminal 2 do aeroporto quando homens encapuzados saíram de um Volkswagen Gol preto e atiraram contra o empresário.
Os disparos foram feitos perto do portão, em meio à circulação de outros passageiros. Os atiradores entraram no carro e fugiram.